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Roda de Ciranda


São teus olhos mais belos ...,
Quando vistos pelos meus...,
Pequenas crianças ingênuas,
Que numa roda de ciranda ,
Te circundam simples a brincar...

E são tão doces....e tão alegres te volteiam,
Como borboletas libertas....,
Sem as asas de ferro...,
Que a vida poderia lhes dar...

E como sobejam em confronto a outros....
E de loucos....,miram largados...,
Excitantes desejos de buscas à toa,
Ao se perceberem num delírio do horizonte ao longe...

São teus olhos ...,o que és para mim...:
Visão da vida..., num insensato momento...,
Sem nexo de ser ....Simplesmente existir....

Mas se da vida te ausentam os olhos...,
Para fechá-los na escuridão de um sol....
Então morreram os pequenos ingênuos,
Ou as borboletas não conseguem mais voar...
Ou mesmo a roda de ciranda...,
Já não tem crianças prá brincar....


Francisco Panachão 18/10/1975